Meu primeiro amor - Descoberta {Capítulo um}



Bem, vou começar como todos começam (ou a maioria), vou me apresentar. Me chamo Fellipe, mas todos comumente me chamam de Lipe ou Fellp (o segundo apelido foi dado por alguns amigos num jogo online). Tenho dezenove anos e sou moreno bem escuro, quase, ou praticamente, negro. Tenho um metro e setenta e cinco, mais ou menos. Peso 75 quilos bem distribuídos, sendo parte desse peso mais músculo que gordura. Pratico academia desde os dezessete, mas não ia com tanta frequência (lê-se preguiça de ir malhar por quase sete meses), por isso que não tengo um físico tão bem formado. Mas eu me garanto.
Tenho cabelos e olhos escuros, um sorriso brincalhão, que cá entre nós é o meu forte. Estou cursando biologia na UFRN, uma universidade bem renomada de toda a região. Bem, vamos agora ao conto. Espero que gostem. Boa leitura.

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Tudo começou no ano passado, mais especificamente no mês de janeiro. Eu cursava o terceiro ano do ensino médio e estudava para o ENEM, o tão temido teste para a universidade. Naquele ano, tudo fora tão apressado e com tanta pressão que, em dados momentos, eu achava que ia morrer.
Escola pela manhã, cursinho à tarde e mais estudos à noite: revisar matéria do cursinho, fazer atividades da escola, etc.
Fora tanta coisa e tudo começara tão cedo que já em janeiro eu estava atolado de coisas, não era acostumado com isso e por esse motivo sofria tanto. O cursinho havia começado primeiro que a escola, lembro-me bem daquela tarde de segunda.
Eu dormira até mais tarde, por cerda de onze horas eu acordei. Minha mãe não estava em casa, pois trabalhava o dia inteiro. Eu não morava com meu pai, apenas com ela. Durante as férias, seu trabaho me rendia o dia todo de solidão, computador, masturbações e sono. Agora com esse bendito curso, tudo isso ia esperar.
Abri os olhos e pisquei algumas vezes, tentava realmente acordar. Foi quando me lembrei... O sonho parecera tão real que eu quase achei que era uma lembrança de um passado não tão distante.
Eu estava em um banheiro, na verdade em frente a ele, como se esperasse alguém. De longe, eu via um grupo de amigos entrando pelo corredor à minha frente. Entrei no banheiro e fora seguido por um garoto, que deveria estar com o grupo. Nos olhamos por um tempo e eu lavei o rosto na pia, ele chegou mais perto de mim e me tocou, fazendo-me olhar para ele. Num ímpeto, aproximou-se bruscamente de mim e me beijou.
Eu, enquanto me lembrava do sonho, passava a mão por meus labios. Sentia-os formigarem e eu tratei logo de esquecer da cena.
Eu, que sempre tive desejos e sonhos eróticos héteros, tendo um sonho desses? Não, não era possível. Era só um péssimo fruto da minha mente.
Resolvi ir logo tomar banho. Entrei no banheiro ainda de porta aberta, até por que não tinha ninguém em casa. Despi-me e liguei o chuveiro, já dentro do box. A água quentinha que saía me relaxava, fazia-me ficar parada em baixo do chuveiro por minutos... A cena voltava à minha mente, eu não sabia o porquê daquilo me impressionar tanto. Eu não sabia o que sentir... Bem, logo eu esqueceria e ficaria tudo normal novamente. imagina se eu seria... Não, ia esquecer isso.
Quando dei por mim já eram onze e quarenta e eu ainda nem tinha saído do banheiro. Mentalmente eu me xingava, me enxugando às pressas. Esquecera-me de que horas o curso começava, não sabia se era de uma hora ou se era de uma e meia, resolvi ir de mais cedo, mesmo que esperasse mais um pouco.
Saí do banheiro correndo, indo para o quarto e abrindo a gaveta. Peguei a primeira cueca que vi e vesti. Era uma das minhas menos preferidas, uma boxer vermelha que era muito apertada, mas eu fui com ela assim mesmo. Botei a calça e vesti a camisa, calcei o tênis e me pus de pé.
De frente para o espelho, fazia caretas, piscava um olho e soltava o meu melhor sorriso. "Perfeito", pensava eu rindo.
Após a seção de ego, tornei a me arrumar. Catei na geladeira algo para comer, pois já sentia fome. Após isso, peguei minha mochila e olhei no relógio, eram meio dia e quinze.
"Melhor eu ir", pensei. Vi se não faltava nada, tranquei toda a casa e depositei a chave no meu bolso.
Tomei um susto ao sentir o meu celular vibrar, era a Duda.
Duda, ou Eduarda para os menos íntimos, estudava na escola em que eu faria curso. Havia me esquecido que também tínhamos combinado de ir juntos, mas ainda bem que ela não o havia feito. Já devem ter percebido como sou atrapalhado e esquecido, pois não viram quase nada do desenrolar desta história onde eu me demonstro cada vez mais atrapalhado e esquecido, com um quê de confuso e enrolado.
Ao desbloquear o meu celular, vi que ela havia me mandado uma mensagem.
"Já estou na parada, Lipe. Cadê você?"
Apenas respondi com um "já estou indo" e me apressei. Cheguei na parada de ônibus cerca de dez minutos depois de mandar a mensagem, olhava para ela sorrindo enquanto me aproximava.
- Ah, finalmente. Achei que não viesse mais. - Disse Duda passando a mão impacientemente nos cabelos.
- Sem drama Duda.
-Ah, me deixa adivinhar: você esqueceu. - Falava ela com sua melhor cara de "foda-se". Apenas olhei-a nos olhos fazendo bico. - Anormal seria se não esquecesse, Lipe.
Ela já sorria, mas ainda assim podia sentir que estava brava. Era vacilo meu, eu sabia que ela odiava esperar.
- Ih, la vem o nosso ônibus, vamos? - Disse ela apontando para o veículo azul que vinha em nossa direção. Nem respondi à sua pergunta, apenas puxei ela para onde o ônibus já estava. Subimos e fomos logo procurando sentar, mas naquele horário seia difícil.
Pode-se dizer que demos sorte. Assim que entramos no ônibus conseguimos pegar duas cadeiras vagas, daquelas mais altas. Eu caçava meu fone de ouvido enquanto via o ônibus encher. Assim que o encontrei já conectei no celular e, antes que eu pudesse dar play na música, algo me fez parar.
Prendi a minha respiração e senti meu coração desacelerar. Não era possível, não tinha como ser. Só podia ser uma brincadeira de muito mau gosto do destino.
Vi aquele garoto do meu tamanho, com músculos definidos, carinha de bebê sorridente e pele clarinha passando pela roleta e caminhando pelo corredor do ônibus.
Eu ainda não acreditava, deveria ser mais uma vez fruto da minha mente.
- Lipe? - Escutava a voz distante de Duda ecoar na minha mente, eu deveria estar pálido. - Lipe você está bem?
Desviei o olhar do garoto para ela.
- E-estou. Não... Não foi nada. - E obviamente eu mentia. Era claro que havia acontecido alguma coisa.
Eu acabara de ver entrando no ônibus o garoto do meu sonho.

Continua...
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Hey pessoas, gostaria de agradecer por terem lido (creio que se chegaram aqui é por que leram) e por terem tido paciência com a história do conto. Perdoem alguns erros que aconteceram, se é que aconteceram. É que eu postei este conto pelo celular .-. Bom, esperem os próximos contos, isso é apenas o iniciozinho do começo, terá muuito mais. Opinem e me ajudem a melhorar mais estes contos. Ah, digam se devo continuar... Obrigado mais uma vez. ^^


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Comentários


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ricardonovinho Comentou em 19/03/2014

Muiiiito booo... continue please ... amei ^-^

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jpa123123joao Comentou em 18/03/2014

Continua por favor ta muito exitante




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Ficha do conto

Foto Perfil Conto Erotico fellpzito

Nome do conto:
Meu primeiro amor - Descoberta {Capítulo um}

Codigo do conto:
44451

Categoria:
Gays

Data da Publicação:
16/03/2014

Quant.de Votos:
3

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